4 de janeiro de 2014

Fallen -23° Capítulo

Postado por PopCorns Do Bieber às sábado, janeiro 04, 2014


            


                         "Talvez você tenha quebrado meu coração desta vez." Rude Despertar -Parte 2

                                                                    
Rude Despertar -Parte 2


— Hã, Luce, você está bem? — Penn perguntou.
Ela estava abanando as bochechas coradas de Luce com sua bebida de guarda-chuva.
— Ótima.
Era impossível afastar aquelas asas de sua mente. Esquecer da sensação do rosto dele sobre o dela.
— Ainda estou me recuperando, suponho.
Gabbe deu um tapinha em sua mão.
— Quando ficamos sabendo sobre o que tinha acontecido, nós bajulamos a Randy para nos deixar vir visitar — ela disse, revirando seus olhos. — Não queríamos que você acordasse sozinha.
Houve uma batida na porta. Luce esperava ver os rostos ansiosos de seus pais, mas ninguém entrou. Gabbe ficou de pé e olhou para Ariane, que não fez menção alguma de se levantar.
— Fiquem aqui. Eu lidarei com isso.
Luce ainda estava sobrepujada pelo que tinham lhe contado sobre Justin. Mesmo não fazendo sentido algum, ela queria que fosse ele fora daquela porta.
— Como ela está? — uma voz perguntou em um sussurro. Mas Luce a ouviu. Era ele.
Gabbe murmurou algo de volta.
— Que congregação toda é essa? — Randy rosnou do lado de fora da sala.
Luce sabia, com o coração afundado, que isso significava que as horas de visita tinham acabado.
— Quem quer que tenha me convencido a deixar vocês, seus pestinhas, virem junto recebe detenção. E não, Bieber, não aceitarei flores como suborno. Todos vocês, entrem na minivan.
Ouvindo a voz da mulher, Ariane e Penn se encolheram, então correram para esconder os copos debaixo da cama. Penn enfiou os guarda-chuvas da bebida dentro de seu estojo e Ariane espirrou um forte perfume almíscar de baunilha no ar. Ela deu um pedaço de chiclete de hortelã para Luce.
Penn engasgou numa nuvem flutuante de perfume, então se inclinou rapidamente para Luce e sussurrou:
— Assim que estiver boa de nova, acharemos o livro. Acho que será bom para nós duas ficarmos ocupadas, tirar nossas mentes das coisas.
Luce apertou a mão de Penn em agradecimento e sorriu para Ariane, que parecia ocupada demais amarrando o cadarço de seus patins para ter ouvido.
Foi então que Randy empurrou com tudo a porta.
— Mais congregação! — ela gritou. — Inacreditável.
— Nós estávamos apenas... — Penn começou a dizer.
— Indo embora — Randy terminou por ela.
Ela tinha um buquê de peônias brancas selvagens em sua mão.
Estranho. Elas eram as favoritas de Luce. E era tão difícil achá-las florescendo por aqui. Randy abriu um armário debaixo da pia e fuçou por um minuto, então puxou um vaso pequeno e empoeirado. Ela o encheu com a água turva da torneira, colocou as peônias rudemente dentro, e as assentou na mesa ao lado de Luce.
— São dos seus amigos que irão todos se despedir agora.
A porta estava largamente aberta, e Luce conseguia ver Justin encostado contra a moldura. Seu queixo estava levantado e seus olhos cor de mel estavam preocupados. Ele encontrou o olhar de Luce e deu-lhe um pequeno sorriso. Quando ele tirou seus cabelos de perto de seus olhos, Luce conseguiu ver um pequeno corte vermelho escuro em sua testa.
Randy dirigiu Penn, Ariane e Gabbe porta afora. Mas Luce não conseguia tirar seus olhos de Justtin. Ele ergueu uma mão no ar e balbuciou o que ela achava ser Sinto muito, logo antes de Randy empurrá-los para fora.
— Espero que eles não tenham te deixado exausta — Randy disse, espreitando na entrada com um franzir de testa antipático.
— Ah não!
Luce sacudiu sua cabeça, percebendo o quanto ela tinha aprendido a contar com a lealdade de Penn, e a maneira peculiar de Ariane animar até mesmo o humor mais sombrio. Gabbe, também, tinha sido realmente bondosa com ela. E Justin, embora ela mal o tenha visto, tinha feito mais para restaurar sua paz de espírito do que jamais saberia. Ele tinha vindo para checá-la. Ele estivera pensando nela.
— Bom — Randy disse. — Porque o horário da visita ainda não acabou.
Novamente, o coração de Luce acelerou enquanto ela esperava ver seus pais. Mas houve apenas um ligeiro ruído no chão de linóleo, e logo Luce viu a minúscula moldura da Senhorita Sophia.
Um xale de outono colorido estava sobre seus ombros magros, e seus lábios estavam pintados de um vermelho profundo para combinar. Atrás dela andava um homem baixo e careca de terno e dois policiais, um gordinho e um magro, ambos com linhas capilares retrocedendo e braços cruzados.
O policial gordinho era mais jovem. Ele sentou-se na cadeira ao lado de Luce, então – percebendo que ninguém mais tinha se mexido para sentar – levantou-se novamente recruzou os braços.
O careca deu um passo a frente e ofereceu sua mão à Luce.
— Sou o Mr. Schultz, advogado da Sword & Cross — Luce apertou sua mão duramente. — Esses policiais simplesmente vão te fazer algumas perguntas. Nada a ser usado em um tribunal, apenas um esforço para corroborar os detalhes do acidente...
— E eu insisti em estar aqui durante o questionamento, Lucinda — a Senhorita Sophia acrescentou, indo para a frente para acariciar o cabelo de Luce. — Como está, querida? — ela sussurrou. — Em estado amnéstico de choque?
— Estou bem...
Luce cortou quando avistou mais duas figuras na entrada. Ela quase caiu em prantos quando viu a cabeça escura e encaracolada de sua mãe e os grandes óculos de couraça de tartaruga de seu pai.
— Mãe — ela sussurrou, baixo demais para alguém mais ouvir. — Pai.
Eles se apressaram em direção à cama, jogando seus braços em volta dela e apertando suas mãos. Ela queria abraçá-los tanto, mas se sentia fraca demais para fazer muito mais do que ficar parada e absorver o conforto familiar do toque deles. Os olhos deles pareciam tão assustados quanto ela se sentia.
— Doçura, o que aconteceu? — sua mãe perguntou.
Ela não conseguia dizer uma palavra.
— Eu disse a eles que você é inocente — a Senhorita Sophia disse, virando-se para lembrar os policiais. — Ao diabo com semelhanças estranhas.
Claro que eles tinham o acidente de Trevor registrado, e é claro que os policiais iriam encontrá-lo... notavelmente devido à morte do Todd. Luce tinha prática o bastante com os policiais para saber que ela apenas iria deixá-los frustrados e irritados.
O policial magro tinha costeletas longas que estavam ficando grisalhas. O arquivo aberto dela na mão dele parecia exigir sua atenção total, porque nenhuma vez ele olhou para ela.
— Srta. Price — ele disse com um lento sotaque sulista. — Por que você e o Sr. Hammond estavam sozinhos na biblioteca numa hora tão tardia quando todos os outros estudantes estavam numa festa?
Luce olhou para seus pais. Sua mãe estava mordiscando seu batom. O rosto do seu pai estava tão branco quanto o lençol da cama.
— Eu não estava com o Todd — ela respondeu, não entendendo a linha de questionamento. — Eu estava com a Penn, minha amiga. E a Senhorita Sophia estava lá. Todd estava lendo sozinho e quando o incêndio começou, eu me perdi da Penn, e Todd foi o único que consegui achar.
— O único que conseguiu achar... para fazer o quê?
— Espera um minuto — o Sr. Schultz deu um passo para frente para interromper o policial. — Isso foi um acidente, devo lembrar-lhe. Você não está interrogando um suspeito.
— Não, eu quero responder — Luce disse.
Havia tantas pessoas nesse minúsculo quarto que ela não sabia para onde olhar. Ela olhou o policial.
— O que quer dizer?
— Você é uma pessoa nervosa, Srta. Price? — Ele agarrou a pasta. — Você se definiria como solitária?
— Já chega — seu pai interrompeu.
— Sim, Lucinda é uma estudante séria — a Senhorita Sophia acrescentou. — Ela não tinha nenhuma má vontade em relação a Todd Hammond. O que aconteceu foi um acidente, nada mais.
O policial olhou em direção a porta aberta, como se desejando que a Senhorita Sophia se deslocasse para fora dela.
— Sim, madame. Bem, com esses casos de reformatório, dar o benefício da dúvida nem sempre se é o mais responsável...
— Eu lhe contarei tudo o que sei — Luce disse, embolando seu lençol em seu punho. — Eu não tenho nada a esconder.
Ela os conduziu da melhor maneira que conseguiu, falando devagar e claramente para que não levantasse novas perguntas para seus pais, para que os policiais pudessem tomar nota. Ela não se deixou escorregar para a emoção, o que parecia ser exatamente o que todos estavam esperando.
E – deixando de fora a aparição das sombras – a história fazia bastante sentido. Eles tinham corrido para a porta traseira. Tinham encontrado a saída no final de um longo corredor. A escada desprendeu-se rapidamente, inclinando-se para longe da base, e ela e Todd ambos estiveram correndo com tanta força, não conseguiram se impedir de tombar escada abaixo. Ela o perdera de vista, batera sua cabeça forte o bastante para acordar aqui doze horas depois. Isso era tudo de que ela se lembrava.
Ela deixou a eles muito pouco que se discutir. Havia apenas a lembrança verdadeira da noite para que ela combatesse – por conta própria.
Quando acabou, o Sr. Schultz deu aos policiais uma inclinação de cabeça do tipo estão-satisfeitos?, e a Senhorita Sophia sorriu de alegria para Luce, como se juntas elas tivessem tido sucesso em algo impossível. A mãe de Luce soltou um longo suspiro.
— Iremos refletir sobre isso na delegacia — o policial magro disse, fechando o arquivo de Luce com tal resignação que parecia que ele queria ser agradecido por seus serviços.
Então os quatro saíram da sala e ela ficou sozinha com seus pais.
Ela lançou-lhes seu melhor olhar me-levem-para-casa. O lábio de sua mão tremeu, mas seu pai só engoliu em seco.
— Randy vai te levar de volta para a Sword & Cross essa tarde — ele disse. — Não pareça tão chocada, doçura. O médico disse que você estava bem.
— Mais do que bem — sua mãe acrescentou, mas ela parecia incerta.
Seu pai deu-lhe um tapinha no braço.
— Te vemos no sábado. Apenas mais alguns dias.
Sábado. Ela fechou seus olhos. Dia dos Pais. Ela estivera ansiando-o desde o momento que chegara na Sword & Cross, mas agora tudo estava tingido pela morte do Todd. Seus pais pareciam quase ansiosos para deixá-la. Eles tinham um jeito de não querer exatamente lidar com as realidades de ter uma filha em um reformatório. Eles eram tão normais. Ela não podia realmente culpá-los.
— Descanse um pouco agora, Luce — seu pai aconselhou, abaixando-se para beijá-la sua testa. — Você teve uma noite longa e difícil.
— Mas...
Ela estava exausta. Ela fechou seus olhos brevemente e quando os abriu, seus pais já estavam acenando da entrada.
Ela arrancou uma rechonchuda flor branca do vaso e a levou lentamente até seu rosto, admirando as folhas profundamente lobuladas e as pétalas frágeis, as gotas ainda úmidas de néctar dentro de seu centro. Ela respirou o odor suave e aromático da flor.
Tentou imaginar o modo como teriam parecido nas mãos de Justin. Tentou imaginar onde ele as tinha conseguido, e o que tinha estado em sua mente.
Fora uma escolha tão estranha de flor. Peônias selvagens não floresciam no pantanal da Geórgia. Elas nem aderiam ao solo no jardim do seu pai em Thunderbolt. E, ainda, essas não pareciam quaisquer peônias que Luce já tivesse visto. As flores eram tão grandes quanto palmas das mãos vertidas em conchas, e o cheiro a lembrava de algo que ela não conseguia exatamente identificar.
Sinto muito, Justin dissera. Só que Luce não conseguia entender exatamente pelo o quê.

Continua...


Voltei cupckes (: me amem u.u' Gente eu sei qe as fics de natal tão atrasadas, mais eu vou postar ok?? E MIRELA EU ATÉ AGR TÔ ME PERGUNTANDO POR QUE VS NÃO COMENTOU huhehuhe. Te bato *u*'


                                                  Respondendo:

Joana Margarida: AAAAH MY LOVE, continuei *-* Obg por comentar <3' Espero que esteja gostando e pfvr espere as fics de natal ok? Bjin *--*'



2 comentários:

Unknown on 4 de janeiro de 2014 às 16:18 disse...

amei continua

Unknown on 8 de janeiro de 2014 às 11:15 disse...

ta perfeito continua

Postar um comentário

Que bom! Você está prestes à comentar. Sabia que esse comentário é muito importante para nós? Isso mesmo, comente se você gosta de ler, fale oque está achando, e deixe seus elogios ou críticas. Nós aceitamos tudo. Muito obrigada por comentar. E um recadinho para os que não comentam : COMENTA! NÃO VAI ARRANCAR SEU DEDINHO NÃO, PODE CONFIAR :3'

 

PopCorns Do Bieber Copyright © 2012 Design by Amanda Inácio Vinte e poucos