"Nunca Faça Um sorriso Aparecer Dizendo: "Eu Te Amo, E No Final, Fazer Uma Lágrima Cair Dizendo: "Me Esqueça". "
Esclarecendo
— Você vai para onde agora? — Cam perguntou, abaixando seu óculos de plástico vermelho.
Ele
apareceu do lado de fora da entrada de Augustine tão repentinamente que Luce
quase trombou diretamente com ele. Ou talvez ele tenha estado ali por um tempo
e ela simplesmente não tinha notado em sua pressa de chegar na aula. De
qualquer jeito, seu coração começou a bater rapidamente e suas palmas começaram
a suar.
— Hmm,
aula? — Luce respondeu.
Por que,
onde parecia que ela estava indo? Seus braços estavam cheios, com seus dois
livros pesados de cálculo e sua tarefa de religião parcialmente completa. Essa
seria uma boa hora para se desculpar por ir embora tão repentinamente ontem à
noite. Mas ela não conseguia se forçar a fazer isso. Ela já estava tão
atrasada. Não tivera água quente nos chuveiros do vestiário, então tivera que
voltar para o dormitório. De algum modo, o que acontecera após a festa não
parecia mais importante. Ela não queria chamar ainda mais atenção a sua saída –
especialmente não agora, depois do Justin tê-la feito se sentir tão patética.
Ela também não queria que Cam pensasse que ela estava sendo rude. Ela só queria
evitá-lo e ficar sozinha, para que pudesse se desvencilhar da série de
envergonhamentos dessa manhã.
Exceto
que – quanto mais Cam olhava para ela, menos importante parecia ir embora. E
menos o orgulho de Luce doía pela recusa de Justin. Como um olhar do Cam
poderia fazer tudo isso?
Com sua
pele clara e pálida e cabelo azeviche, Cam era diferente de qualquer cara que
ela já conhecera. Ele exalava confiança, e não só porque ele conhecia todo
mundo – e como conseguir tudo – antes que Luce tivesse ao menos descoberto onde
suas aulas eram. Bem ali, parado do lado de fora do prédio da escola monótono e
cinza, Cam parecia com uma fotografia artística em preto-e-branco, suas lentes
vermelhas em tecnicolor.
— Aula,
hein?
Cam
bocejou dramaticamente. Ele estava bloqueando a entrada, e algo no jeito divertido
que sua boca estava posicionada fez Luce querer saber que ideia louca ele tinha
escondida. Havia uma sacola de tela pendurada em seu ombro, e um copo
descartável de café expresso entre seus dedos.
Ele
apertou stop em seu iPod, mas deixou
os fones pendurados ao redor do seu pescoço. Parte dela queria saber que música
ele estivera escutando, e onde ele tinha conseguido aquele café expresso do
mercado negro. O sorriso brincalhão visível apenas em seus olhos verdes a
desafiavam a perguntar.
Cam
tomou um gole superficial do seu café. Levantando seu dedo indicador, ele
disse:
— Permita-me
compartilhar meu lema sobre as aulas da Sword & Cross: Antes nunca do que
tarde.
Luce
riu, e então Cam empurrou seus óculos de volta para o nariz. As lentes eram tão
escuras, ela não conseguia ver nem um traço de seus olhos.
— Além do
mais — ele sorriu, relampejando um arco branco de dente — é quase
almoço, e eu tenho um piquenique.
Almoço?
Luce não tinha tomado nem café-da-manhã ainda. Mas seu estômago estava rosnando – e a ideia de ser perfurada pelo Sr. Cole
por perder todas as aulas da manhã exceto pelos últimos vinte minutos parecia
menos e menos atraente quanto mais eu ficava perto do Cam.
Ela
assentiu para a sacola que ele estava segurando.
— Você empacotou
o bastante para dois?
***
Dirigindo
Luce com uma mão ampla na parte debaixo de suas costas, Cam a guiou para as
áreas comuns, passou pela biblioteca e o dormitório deplorável. Nos portões de
metal para o cemitério, ele parou.
— Eu sei
que esse é um lugar esquisito para um piquenique — ele
explicou — mas é o melhor local que conheço para ficar fora de vista por um
tempinho. No campus, de qualquer maneira. Às vezes eu simplesmente não consigo
respirar lá.
Ele
gesticulou na direção do prédio.
Luce
conseguia definitivamente concordar com isso. Ela se sentia reprimida e exposta
quase o tempo todo nesse lugar. Mas Cam parecia a última pessoa que iria
partilhar daquela síndrome de aluno novo. Ele era tão... controlado. Depois
daquela festa ontem à noite, e agora o café expresso proibido em sua mão, ela
nunca adivinharia que ele se sentia sufocado também. Ou que ele a escolheria para
compartilhar essa sensação.
Por
trás da cabeça dele, ela conseguia ver o resto do campus precário. Daqui, não
havia muita diferença entre um lado dos portões do cemitério e o outro.
Luce decidiu
ir na onda.
— Só
prometa me salvar se alguma estátua cair.
— Não — Cam
disse com uma seriedade que apagou efetivamente sua piada. — Isso
não acontecerá novamente.
Os
olhos dela caíram no local onde, apenas alguns dias antes, ela e Justin tinham
chegado perto deles próprios terminarem no cemitério. Mas o anjo de mármore que
tinha caído sobre eles tinha desaparecido, seu pedestal vazio.
— Vamos — Cam falou,
arrastando-a junto com ele.
Eles
evitaram retalhos abandonados de ervas daninhas, e Cam ficava se virando para ajudá-la
a passar por montes de terra desenterrados por sabe Deus quem.
Numa
hora, Luce quase perdeu seu equilíbrio e se agarrou a uma das lápides para se
firmar. Era uma laje ampla e polida com um lado áspero e inacabado.
— Eu
sempre gostei dessa — Cam comentou, gesticulando
para a lápide rosada sob seus dedos.
Luce cruzou
até a frente do terreno para ler a inscrição.
— Joseph Miley — ela
leu em voz alta — 1821 a
1865. Serviu bravamente na Guerra da Agressão do Norte. Sobreviveu a três balas
e a cinco cavalos caídos em cima dele antes de encontrar sua paz final.
Luce
estralou suas juntas. Talvez Cam só gostasse porque sua pedra rosada polida se
destacava entre quase todas as cinzentas? Ou por causa dos complexos verticílios
pelo topo? Ela ergueu uma sobrancelha para ele.
— É — Cam
deu de ombros. — Eu simplesmente gosto de como a lápide explica o jeito que ele morreu.
É honesto, sabe? Geralmente, as pessoas não querem falar sobre isso.
Luce
desviou o olhar. Ela sabia isso muito bem pelo epigrafo inescrutável na lápide
do Trevor.
— Pense
no quanto mais interessantes esse lugar seria se a causa da morte de todo mundo
fosse revelada. — Ele apontou para um pequeno túmulo a alguns lotes do de Joseph
Miley. — Como você acha que ela morreu?
— Hm,
escarlatina? — Luce adivinhou, vagueando.
Ela contou
as datas com seus dedos. A garota enterrada aqui era mais nova do que Luce quando
morrera. Luce não queria realmente pensar muito em como poderia ter acontecido.
Cam
inclinou sua cabeça, considerando.
— Talvez.
Ou isso ou um incêndio misterioso no celeiro enquanto a jovem Betsy estava
tirando uma “soneca” inocente com o vizinho.
Luce
começou a fingir estar ofendida, mas ao invés, o rosto esperançoso a fez rir.
Fazia tanto tempo desde que ela tinha simplesmente se divertido com um cara.
Claro, essa cena era um pouco mais mórbida do que os típicos flertes no
estacionamento de um cinema ao quais ela estava acostumada, mas também eram os
estudantes na Sword & Cross. De um jeito ou de outro, Luce era um deles
agora.
Ela
seguiu Cam para o fundo de um cemitério no formato de tigela e para tumbas e
mausoléus mais ornado. Na inclinação acima, as lápides pareciam estar olhando
para baixo na direção deles, como se Luce e Cam fossem artistas em um
anfiteatro. O sol do meio-dia brilhava laranja através de folhas de um carvalho
vivo gigante no cemitério, e Luce colocou as mãos na frente dos olhos. Era o
dia mais quente que eles tinham tido na semana toda.
— Agora,
esse cara — Cam disse, apontando para uma tumba enorme emoldurada por colunas
de ordem coríntia. — Um desertor total. Ele sufocou
quando uma viga caiu em seu porão. O que te mostra, nunca se esconda de uma
captura dos Confederados.
— É
mesmo? Me lembre o que te faz o especialista sobre tudo isso?
Mesmo enquanto
ela provocava-o, Luce se sentia estranhamente privilegiada por estar aqui com
Cam. Ele ficava olhando para ela para se certificar de que ela estava sorrindo.
— É só um
sexto sentido. — Ele relampejou seu sorriso enorme e inocente. — Se
gosta disso, tem um sétimo sentido, e um oitavo sentido, e um nono sentido de
onde esse vem.
— Impressionante
— ela sorriu. — Eu me satisfarei com o sentido
do paladar agora. Estou morrendo de fome.
— Ao seu
serviço.
Cam
puxou uma coberta de sua sacola e a esticou em um pedaço de sombra sob o
carvalho vivo. Ele abriu a garrafa térmica e Luce conseguiu sentir o cheiro de
café expresso forte. Ela geralmente não bebia café preto, mas observou enquanto
ele enchia um copo com gelo, serviu o café expresso, e acrescentou exatamente a
quantidade certa de leite em cima.
— Eu
esqueci de trazer o açúcar — ele disse.
— Eu não
bebo com açúcar.
Ela
tomou um gole do café gelado ultra-seco, seu primeiro gole deliciosos da
cafeína proibida da Sword & Cross em toda a semana.
— Que
sorte — Cam disse, espalhando o resto do piquenique.
Os
olhos de Luce alargaram-se enquanto ela observava-o arrumar a comida: uma
baguete marrom-escura, uma rodela pequena de queijo fedorento, um pote de
azeitonas laranja amarronzado, uma tigela de ovos apimentados e duas maçãs
verdes brilhantes. Não parecia possível que Cam tivesse enfiado tudo isso em
sua sacola – ou se que estivera planejando comer toda essa comida sozinho.
— Onde
conseguiu isso? — Luce perguntou. Fingindo se focar em despedaçar um pedaço grande
de pão, ela perguntou — e com quem você estava
planejando um piquenique antes de eu aparecer?
— Antes
de você aparecer? — Cam riu. — Eu mal
consigo me lembrar da minha triste vida antes de você.
Luce
lançou-lhe um ligeiro olhar depreciativo para que ele soubesse que ela achou a
observação dele incrivelmente brega... e só um pouquinhozinho charmosa. Ela se
reclinou em seus cotovelos no cobertor, suas pernas cruzadas nos tornozelos.
Cam estava sentado de pernas cruzadas a encarando, e quando ele se esticou na
direção dela para pegar a faca do queijo, seu braço roçou, então descansou, no
joelho da calça jeans preta dela. Ele olhou para ela, como se para perguntar, Tudo bem?
Quando
ela não recuou, ele ficou ali, pegando o pedaço grande de baguete da mão dela e
usando a perna dela como um tampo de mesa enquanto ele espalhava um triângulo
de queijo no pão. Ela gostava da sensação do peso dele nela, e nesse calor,
isso era dizer muito.
— Eu vou
começar com a pergunta mais fácil primeiro — ele
disse, finalmente se sentando. — Eu ajudo na cozinha alguns dias
por semana. Parte do meu acordo de readmissão na Sword & Cross. Eu devia
estar “devolvendo” — ele revirou seus olhos. — Mas não
me incomodo de estar lá. Acho que gosto do calor. Isso é, se você não contar as
queimaduras de gordura.
Ele
mostrou seus punhos virados para cima para expor dúzias de minúsculas
cicatrizes em seus antebraços.
— Perigos
do trabalho — ele disse casualmente. — Mas eu
gerencio a dispensa.
Luce
não conseguiu resistir a correr seus dedos por elas, os inchaços pálidos
infinitesimais desbotando em sua pele ainda mais pálida. Antes que ela pudesse
se sentir envergonhada por sua audácia e recuar, Cam agarrou sua mão e apertou.
Luce
encarou os dedos dele entrelaçados ao redor dos dela. Ela não tinha percebido
antes o quanto os tons das peles deles combinavam acuradamente. Em um cenário
de sulistas bronzeados, a palidez de Luce sempre a deixara autoconsciente. Mas
a pele de Cam era tão impressionante, tão notável, quase metálica – e agora ela
percebeu que poderia parecer a mesma coisa para ele. Os ombros dela
estremeceram e ela se sentiu um pouco tonta.
— Você
está com frio? — ele perguntou silenciosamente.
Quando
ela encontrou com os olhos dele, sabia que ele sabia que ela não estava com
frio. Ele se aproximou no cobertor e abaixou sua voz para um sussurro.
— Agora
acho que você vai querer que eu admita que pulei a janela da cozinha e empacotei
tudo isso na esperança de convencê-la a matar aula comigo?
Agora
seria quando ela teria pescado o gelo em sua bebida, se já não tivesse
derretido no calor fedorento de setembro.
— E você
fez esse esquema toda de um piquenique romântico — ela
terminou. — No cenário de um cemitério?
— Ei — ele
correu um dedo pelo lábio inferior dela. — Você é
quem está trazendo o romance à tona.
Luce
recuou. Ele estava certo – fora ela quem presumira... pela segunda vez no dia.
Ela conseguia sentir suas bochechas queimando enquanto tentava não pensar em Justin.
— Estou
brincando — ele falou, balançando sua cabeça para o olhar chocado no rosto
dela. — Como se não fosse óbvio.
Ele
olhou para um urubu-de-cabeça-vermelha circulando uma grande estátua branca no
formato de um canhão.
— Eu sei
que aqui não é nenhum Éden — ele continuou, jogando uma maçã para
Luce — mas simplesmente finja que estamos numa música dos Smith. E para
meu crédito, não é como se tivesse muito com que se trabalhar nessa escola.
E isso
pegando leve.
— Do meu
ponto de vista — Cam disse, reclinando-se no cobertor — a
localização é insignificante.
Luce
lançou-lhe um olhar duvidoso. Ela também desejou que ele não tivesse recuado,
mas era tímida demais para se aproximar quando ele reclinava.
— Onde eu
cresci — ele pausou — as coisas não eram tão
diferentes do estilo de vista penitenciário da Sword & Cross. O resultado é
que eu estou oficialmente imune ao meu arredor.
— De
jeito nenhum — Luce balançou sua cabeça. — Se eu
te desse uma passagem de avião para a Califórnia agora mesmo, você não ficaria
totalmente animado de cair fora daqui?
— Hmm...
indulgentemente indiferente.
Ele enfiou
um ovo apimentado em sua boca.
— Eu não
acredito em você.
Luce
deu-lhe um empurrão.
— Então
você deve ter tido uma infância feliz.
Luce
mordeu a pele verde mastigável da maçã e lambeu o suco escorrendo de seus
dedos. Ela percorreu um catálogo mental de todas as franzidas de seus pais, as
visitas a médicos e mudanças escolares de sua infância, as sombras negras
pairando como uma mortalha sobre tudo. Não, ela não diria que teve uma infância
feliz. Mas se Cam não conseguia nem ao menos ver uma saída da Sword & Cross,
algo mais esperançoso no horizonte, então talvez a dele tenha sido pior.
Houve
um farfalhar aos pés deles e Luce se encolheu quando uma grossa cobra verde e
amarela deslizou. Tentando não chegar muito perto, ela ficou de joelhos e
espiou-a. Não só uma cobra, mas uma cobra no meio da troca de pele. Um
invólucro translúcido estava saindo de sua cauda.
Tinha
cobras por toda a Geórgia, mas ela nunca tinha visto uma se trocar.
— Não
grite — Cam aconselhou, descansando uma mão no joelho de Luce. O toque
dele fez Luce se sentir mais a salvo. — Ela
seguirá se simplesmente a deixarmos em paz.
Não
podia demorar mais. Luce queria muito gritar. Ela sempre odiara e temera
cobras. Elas eram simplesmente tão escorregadias e escamosas e...
— Ui.
Ela
estremeceu, mas não conseguiu tirar seus olhos da cobra até que tivesse
desaparecido na grama alta. Cam sorriu forçadamente enquanto pegava a pele
caída e a colocava na mão dela. Ainda parecia viva, como a pele fresca de um
bulbo de alho que seu pai tinha colhido de seu jardim. Mas tinha acabado de
sair de uma cobra. Nojento. Ela a jogou de volta no chão e limpou suas mãos na
sua calça jeans.
— Vamos,
você não achou que era bonitinho?
— A minha
tremedeira revelou isso?
Luce já
estava se sentindo um tanto envergonhado pelo quanto ela deve ter parecido uma
criança.
— E
quanto a fé no poder da transformação? — Cam
perguntou, dedilhando a pele caída. — É por
isso que estamos aqui, afinal.
Cam
tinha tirado seus óculos de sol. Seus olhos esmeralda estavam tão confiantes.
Ele estava naquela pose imóvel inumana novamente, esperando que ela
respondesse.
— Estou
começando a achar que você é um pouquinho estranho — ela
disse finalmente, dando um pequenino sorriso.
— Ah, e
só pense no quanto mais há para se conhecer sobre mim — ele
respondeu, inclinando-se para mais perto. Mais perto do que ele estivera quando
a cobra chegou. Mais perto do que ela estivera esperando que ele chegasse. Ele
esticou sua mão e correu seus dedos lentamente pelo cabelo dela. Luce ficou
tensa.
Cam era
lindo e intrigante. O que ela não conseguia entender era como, quando ela devia
estar uma pilha de nervos – como bem agora – ela ainda, de algum modo, se
sentia confortável. Ela queria estar exatamente onde estava. Ela não conseguia
tirar seus olhos dos lábios dele, que eram cheios e rosados e estavam se
movendo mais para perto, fazendo-a se sentir ainda mais tonta.
O ombro
dele roçou o dela e ela sentiu um estranho tremor no fundo de seu peito. Ela
observou enquanto Cam separou seus lábios. Então ela fechou seus olhos.
— Aí estão
vocês! — Uma voz sem fôlego tirou Luce diretamente do momento.
Luce
soltou um suspiro exasperado e desviou sua atenção para Gabbe, que estava
parada diante deles com um rabo-de-cavalo alto e lateral, e um sorriso
distraído em seu rosto.
— Eu
procurei por todo o lugar.
— Por que
diabos você faria isso? — Cam olhou feio para ela,
ganhando mais alguns pontos com Luce.
— O
cemitério foi o último lugar em que pensei — Gabbe
tagarelou, contando em seus dedos. — Eu chequei
seus dormitórios, então debaixo das arquibancadas, então...
— O que
você quer, Gabbe? — Cam a
cortou, como um irmão, como se se conhecessem por muito tempo.
Gabbe
pestanejou, então mordeu seu lábio.
— Foi a
Senhorita Sophia — ela disse finalmente,
estalando seus dedos. — É mesmo. Ela ficou frenética
quando Luce não apareceu na aula. Ficou falando como você era uma estudante tão
promissora e tudo.
Luce
não conseguia decifrar essa garota. Ela era genuína e estava simplesmente seguindo
ordens? Ela estava zombando da Luce por ter feita uma boa impressão com uma
professora? Não era o bastante para ela ter Justin na palma da mão – ela tinha
que dar em cima do Cam agora, também?
Gabbe
deve ter pressentido que estava interrompendo algo, mas ela simplesmente ficou
parada lá pestanejando seus grandes olhos de corça e torcendo uma mecha de
cabelo loiro ao redor de seu dedo.
— Bem,
vamos — ela falou finalmente, esticando as duas mãos para ajudar Luce e
Cam a se levantarem. — Vamos te levar de volta para a
aula.
***
— Lucinda,
você pode ficar na estação três — a
Senhorita Sophia disse, olhando para baixo para uma folha de papel quando Luce,
Cam e Gabbe entraram na biblioteca.
Nada de
Onde você esteve? Nada de desconto de pontos pelo
atraso. Só a Senhorita Sophia, distraidamente colocando Luce perto de Penn na
seção do laboratório de computação da biblioteca. Como se ela nem ao menos
tivesse notado que Luce não estava lá.
Luce
lançou um olhar acusatório para Gabbe, mas ela simplesmente deu de ombros para
Luce e balbuciou:
— O quê?
— Onde você esteve?
— Penn exigiu assim que ela sentou.
A única
pessoa que pareceu ter notado que ela não estivera lá.
Os
olhos de Luce acharam Justin, que estava praticamente enterrado em seu
computador na estação sete. De seu assento, tudo que Luce conseguia ver dele
era a auréola loira do cabelo dele, mas era o bastante para trazer um rubor à
suas bochechas.
Ela
afundou ainda mais em sua cadeira, envergonhada novamente pela conversa dos
dois no ginásio. Mesmo depois de todas as risadas e sorrisos e aquele potencial
quase beijo que ela tinha acabado de partilhar com Cam, ela não conseguia calar
o que sentiu quando viu Justin. E eles nunca iam ficar juntos.
Essa
era a essência do que ele tinha dito a ela no ginásio. Depois de ela
basicamente ter se jogado em cima dele.
A
rejeição a cortou tão profundamente, tão perto do seu coração, que ela teve
certeza de que todos ao redor dela podiam olhar para ela e saber exatamente o
que tinha acontecido.
Penn
estava batendo seu lápis impacientemente na mesa de Luce. Mas Luce não sabia
como explicar. Seu piquenique com Cam tinha sido interrompido por Gabbe antes
que Luce tivesse ao menos sido capaz de realmente achar um sentido no que
estava acontecendo. Ou prestes a acontecer. Mas o que era estranho, e o que ela
não conseguia entender, era por que tudo isso parecia tão menos importante do
que o que tinha acontecido no ginásio com Justin.
A
Senhorita Sophia ficou de pé no meio do laboratório de computação, estalando
seus dedos no ar como uma professora de jardim para conseguir a atenção de seus
estudantes. Suas pilhas de braceletes prata batiam como sinos.
— Se
algum de vocês já tiver traçado a sua própria árvore genealógica — ela
falou alto sobre o barulho da multidão — então
você saberá que tipos de tesouro estão escondidos nas raízes.
— Ah, meu,
por favor mate essa metáfora — Penn sussurrou. — Ou me
mate. Um ou outro.
— Vocês
terão um acesso de vinte minutos a Internet para começar a pesquisar sobre a
sua própria árvore genealógica — a Senhorita Sophia disse,
batendo num cronômetro. — Uma geração dá aproximadamente
vinte a vinte cinco anos, então tenham como objetivo voltar pelo menos seis
gerações.
Gemido.
Um
suspiro audível irrompeu na estação sete – Justin.
A Senhorita
Sophia virou-se para ele.
— Justin?
Você tem algum problema com essa tarefa?
Ele
suspirou novamente e deu de ombros.
— Não,
não mesmo. Tudo bem. Minha árvore genealógica. Deve ser interessante.
A
Senhorita Sophia inclinou sua cabeça em escárnio.
— Eu
tomarei essa informação como uma confirmação entusiasmada.
Dirigindo-se
para a sala novamente, ela disse:
— Tenho
certeza de que acharão uma linha que valerá a pena perseguir numa pesquisa de
dez a quinze páginas.
Luce
não poderia possivelmente se focar nisso agora. Não quando tinha tanto mais
para se processar. Ela e Cam no cemitério. Talvez não tenha sido a definição
padrão de romântico, mas Luce quase preferia desse jeito. Era como nada que ela
já tinha feito antes. Matar aula para perambular por todos aqueles túmulos.
Partilhar aquele piquenique, enquanto ele enchia um copo de café. Zombando do
medo dela de cobras. Bem, ela podia ter passado sem todo aquele desenvolvimento
da cobra, mas pelo menos Cam fora doce em relação a isso. Mais doce do que Justin fora a semana toda.
Ela
odiava admitir isso, mas era verdade. Justin não estava interessado. Cam, por
outro lado... Ela o estudou, a algumas estações a distância. Ele piscou para
ela antes que começasse a trabalhar no seu teclado. Então, ele gostava dela.
Callie não iria ser capaz de calar a boca sobre como ele estava tão obviamente
a fim dela.
Ela
queria ligar para Callie agora, sair correndo dessa biblioteca e deixar sua
tarefa sobre a árvore genealógica para mais tarde. Falar sobre outro cara era o
jeito mais rápido – talvez o único – de tirar Justin da sua cabeça. Mas havia
aquela política telefônica horrível na Sword & Cross, e todos os outros
estudantes ao redor dela, que pareciam tão diligentes.
Os
minúsculos olhos da Senhorita Sophia procuravam na sala por procrastinadores. Luce
suspirou, vencida, e abriu o mecanismo de pesquisa no seu computador. Ela
estava presa aqui por mais vinte minutos – sem nenhuma celular cerebral
dedicada a sua tarefa. A última coisa que ela queria era aprender sobre sua
própria família tediosa. Ao invés, seus dedos apáticos começaram a digitar
treze letras inteiramente por conta própria.
Justin Bieber. Buscar.Continua...
Oi suas lindas, tudo bem? Eu tô ótima. Bom gente, eu quero pedir desculpas por não ter postado esses dias. Me desculpem mesmo. Mais aí tá o outro capítulo. E eu tbm demorei porque estou escrevendo uma outra fic, então decidi adiantar todas. Bom, mas é isso. Comentem que nós agradecemos. Bjo, até o próximo. I LOVE U ♥'
1 comentários:
amor fui eu mesma que fiz o layout do meu blog, se você quiser eu posso arrumar seu blog só me falar pelo tt @PrincesaDoJussb
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Que bom! Você está prestes à comentar. Sabia que esse comentário é muito importante para nós? Isso mesmo, comente se você gosta de ler, fale oque está achando, e deixe seus elogios ou críticas. Nós aceitamos tudo. Muito obrigada por comentar. E um recadinho para os que não comentam : COMENTA! NÃO VAI ARRANCAR SEU DEDINHO NÃO, PODE CONFIAR :3'