29 de outubro de 2013

Fallen -15° Capítulo

Postado por PopCorns Do Bieber às terça-feira, outubro 29, 2013

                        "Às Vezes É Bom Lembrar Como Eram As Coisas."


                                                Sem Salvação -Parte 2



A adrenalina de Luce tinha crescido enquanto ela nadava, mas agora ela tinha caído tanto que Penn teve que ajuda-la a sair da piscina.
Luce observou Roland pular das arquibancadas.
— Você estava muito bem lá — ele disse, jogando-lhe uma toalha e a chave do armário do vestiário que ela tinha perdido. — Por um tempinho.
Luce pegou a chave no ar e amarrou a toalha ao seu redor. Mas antes que ela pudesse dizer algo normal, como “Obrigada pela toalha”, ou “Acho que estou simplesmente fora de forma”, esse novo e estranho lado “cabeça-quente” dela, ao invés, simplesmente falou:
— O Justin e a Gabbe estão juntos ou o quê?
Grande erro. Enorme. Ela conseguia dizer pelo olhar nos olhos deles que a pergunta dela estava direcionada bem para o Justin.
— Ah, entendi — Roland disse, e riu. — Bem, eu não sei dizer ao certo...
Ele olhou para baixo, para ela e coçou seu nariz e deu-lhe o que pareceu ser um sorriso solidário. Então ele apontou na direção da porta do corredor aberto, e quando Luce seguiu seu dedo ela viu a silhueta composta e loira de Justin passar.
— Por que você simplesmente não pergunta a ele?
O cabelo da Luce ainda estava pingando e seus pés ainda estavam descalços quando ela se encontrou pairando na porta de uma enorme sala de musculação. Ela tinha intencionado ir diretamente para o vestiário se trocar e secar.
Ela não sabia por que esse negócio com a Gabbe estava balançando tanto com ela. Justin podia ficar com quem ele quisesse, certo? Talvez Gabbe gostasse de garotos que mostrassem-lhe o dedo do meio. Ou, mais provável, esse tipo de coisa não acontecia com a Gabbe.
Mas o corpo de Luce venceu sua mente quando ele captou outro vislumbre de Justin. As costas dele estavam voltadas para ela e ele estava de pé em um canto pegando uma corda de pular de uma pilha de emaranhados. Ela observou enquanto ele selecionava uma fina corda azul-marinha com cabos de madeira, então se moveu para um espaço aberto no centro da sala. Sua pele branca estava quase radiante, e cada movimento que ele fazia, fosse girando seu longo pescoço para esticar ou se curvando para coçar seu joelho esculpido, fazia Luce ficar completamente extasiada. Ela ficou pressionada contra a porta, alheia de que seus dentes estavam tremendo e sua toalha estava ensopada.
Quando ele levou a corda para trás de seus tornozelos logo antes de começar a pular, Luce foi golpeada com uma onda de déjà vu. Não era exatamente que ela sentia que tinha visto Justin pular corda antes, mas mais que a postura que ele tomava parecia inteiramente familiar.
Ele ficou de pé com seus pés a uma distância de quadril, destravou seus joelhos, pressionou seus ombros para baixo enquanto enchia seu peito de ar. Luce quase podia ter desenhado isso. Foi só quando Justin começou a girar a corda que Luce saiu do transe... e entrou logo em outro.
Nunca em sua vida ela tinha visto outra pessoa se mover como ele. Era quase como se Justin estivesse voando. A corda passou por cima e sobre sua alta estrutura tão rapidamente que desaparecia, e seus pés – seus graciosos e estreitos pés – eles ao menos estavam tocando o chão? Ele estava se movendo tão rapidamente, mesmo ele não devia estar contando.
Um alto resmungo e uma pancada no outro lado da sala de musculação tirou a atenção de Luce. Todd estava em um amontoado na base de um dos nós das cordas de escalada. Ela sentiu, momentaneamente, pena de Todd, que estava olhando para baixo para suas mãos com bolhas.
Antes que ela pudesse olhar de volta para Justin para ver se ele tinha notado, uma fria precipitação negra ao redor de sua pele fez Luce tremer. A sombra varreu-a, primeiramente devagar, gelada, tenebrosa, seus limites ocultos. Então, repentinamente bruta, ela golpeou seu corpo e a forçou para trás. A porta para a sala de musculação bateu em sua cara e Luce ficou sozinha no corredor.
— Ai! — ela gritou, não exatamente por estar machucada, mas porque ela nunca fora tocada pelas sombras antes.
Ela olhou para baixo para seus braços, onde quase parecera que mãos tinham agarrado-a, empurrando-a para fora do ginásio.
Isso era impossível – ela simplesmente tinha estado em um lugar bizarro; um vento muito forte deve ter passado pelo ginásio. Desconfortável, ela se aproximou da porta fechada e pressionou seu rosto contra o pequeno retângulo de vidro.
Justin estava olhando em volta, como se tivesse ouvindo algo. Ela tinha certeza que ele não sabia que era ela: Ele não estava fazendo cara feia.
Ela pensou na sugestão de Roland de que ela simplesmente perguntasse a Justin o que estava acontecendo, mas rapidamente dispensou a ideia. Era impossível perguntar qualquer coisa ao Justin. Ela não queria trazer a tona aquela carranca no rosto dele. Além do mais, qualquer pergunta que ela talvez pudesse apresentar seria inútil. Ela já tinha escutado tudo que precisava escutar ontem a noite. Ela teria que ser algum tipo de sádica para pedir que ele admitisse que estava com a Gabbe. Ela se virou na direção do vestiário quando percebeu que não poderia partir.
Sua chave.
Deve ter escorregado de suas mãos quando ela tropeçou para fora da sala. Ela ficou na ponta dos pés para olhar para baixo pelo pequeno painel de vidro na porta. Ali estava, uma mancada bronze num tapete azul acolchoado. Como tinha ido parar tão longe na sala, tão perto de onde ele estava malhando? Luce suspirou e empurrou a porta para abrir, pensando que se tivesse que entrar, pelo menos ela iria rápido.
Alcançando sua chave, ela roubou uma última olhada nele. Seu passo estava ficando devagar, devagar, mas seus pés ainda mal tocavam o chão. E então, com um salto, leve-como-o-ar, final, ele parou e virou para encará-la.
Por um momento ele não disse nada. Ela conseguia sentir-se ruborizar e realmente desejou que não estivesse usando um maiô tão horroroso.
— Oi — foi tudo que ela conseguiu dizer.
— Oi — ele disse de volta, em um tom de voz muito mais calmo. Então, gesticulando para o maiô dela, disse: — Você ganhou?
Luce deu um riso triste e reticente e balançou sua cabeça.
— Bem longe disso.
Justin franziu seus lábios.
— Mas você sempre foi...
— Eu sempre fui o quê?
— Eu quero dizer, você parece que talvez seja uma boa nadadora. — Ele deu de ombros. — Só isso.
Ela deu um passo na direção dele. Eles estavam a apenas trinta centímetros de distância. Gotas d’água caíram do cabelo dela e tamborilaram como chuva nos tapetes do ginásio.
— Não era isso o que você ia dizer — ela insistiu. — Você disse que eu sempre...
Justin se ocupou enrolando a corda de pular ao redor de seu pulso.
— É, eu não quis dizer você você. Eu quis dizer no geral. Eles sempre devem deixar você vencer a sua primeira corrida aqui. Um código de conduta não-falado nosso, os mais velhos.
— Mas a Gabbe também não ganhou — Luce disse, cruzando seus braços sobre seu peito. — E ela é nova. Ela nem ao menos entrou na piscina.
— Ela não é exatamente nova, só está voltando após um tempo... fora.
Justin deu de ombros, não transparecendo nada de seus sentimentos por Gabbe. Sua tentativa óbvia de tentar parecer despreocupado fez Luce ficar com ainda mais ciúmes. Ela observou ele terminar de enrolar a corda de pular em uma bobina, o jeito que suas mãos moviam-se quase tão rapidamente quanto seus pés. E aqui estava ela, tão desajeitada e solitária e gelada e isolada de tudo por todos. Seu lábio tremeu.
— Oh, Lucinda — ele sussurrou, suspirando pesadamente.
Seu corpo todo aqueceu por aquele som. A voz dele era tão íntima e familiar. Ela queria que ele dissesse seu nome novamente, mas ele tinha se virado. Ele prendeu a corda de pular em um prego na parede.
— Eu deveria ir me trocar antes da aula.
Ela descansou uma mão no braço dele.
— Espera.
Ele empurrou com violência como se tivesse levado um choque – e Luce sentiu isso, também, mas era o tipo de choque que é bom.
— Você já teve a sensação... — ela levantou seus olhos para ele.
De perto, ela conseguia ver como eles eram diferentes. Eles pareciam cor de mel ao longe, mas de perto havia grãos violeta neles. Ela conhecia outra pessoa com olhos como aqueles...
— Eu podia jurar que nos conhecemos antes — ela disse. — Estou louca?
— Louca? Não é por isso que está aqui? — Ele disse, afastando-a.
— Estou falando sério.
— Eu também — o rosto de Justin ficou vazio. — E só para constar – ele apontou para um dispositivo piscando pregado ao teto – os vermelhos monitoram os perseguidores.
— Eu não estou te perseguindo.
Ela endureceu, muito ciente da distância entre seus corpos.
— Você pode dizer honestamente que não faz ideia do que eu estou falando?
Justin deu de ombros.
— Eu não acredito em você — Luce insistiu. — Olhe-me nos olhos e diga-me que estou errada. Que nunca na minha vida eu te vi antes dessa semana.
Seu coração disparou enquanto Justin dava um passo na direção dela, colocando ambas as mãos em seus ombros. Seus dedões cabiam perfeitamente nas ranhuras de sua clavícula, e ela queria fechar seus olhos ao calor do toque dele – mas ela não fechou. Ela observou enquanto Justin curvava sua cabeça para que seu nariz quase tocasse o dela. Ela conseguia sentir seu hálito em seu rosto. Ela conseguia sentir um toque de doçura na pele dele.
Ele fez como pedido. Ele olhou-a no olho e disse, muito vagarosamente, muito claramente, para que suas palavras não pudessem possivelmente ser mal-interpretadas:
— Você nunca, na sua vida, me viu antes dessa semana.


Continua...

Oii Cup Cakes, tá aí mais um capítulos de Fallen u.u' Até o próximo. C.O.M.E.N.T.E.M! Bjin *-*'

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