15 de outubro de 2013

Fallen -8° Capítulo

Postado por PopCorns Do Bieber às terça-feira, outubro 15, 2013




                          "Pode Ser Insubstituível, Mas Não É Insuperável."



                                          Ficando Escuro -Parte 1  


Luce serpenteou pelo frio e úmido corredor do dormitório em direção ao seu quarto, arrastando a sua mochila vermelha Camp Gurid com a alça partida em sua trilha. As paredes eram da cor de um quadro negro poeirento – e todo o lugar era estranhamente quieto, salvo pelo maçante zumbido das lâmpadas fluorescentes suspensas no teto recuado manchado por gotas de água.
Principalmente, Luce estava surpresa em ver tantas portas fechadas. Lá em Dover, ela sempre quis mais privacidade, um tempo das festas no corredor do dormitório que duravam horas. Você não podia caminhar para o seu quarto sem se deparar com uma reunião de garotas sentando de pernas cruzadas em jeans iguais, ou um casal de lábios grudados pressionado contra a parede.
Mas na Sword & Cross... bem, ou todo mundo já havia começado os seus artigos de trinta páginas... ou então a socialização aqui era mais do tipo atrás-das-portas.
Falando nisso, as portas fechadas era um sinal a ser notado. Se os alunos da Sword & Cross eram cheios de recursos com as violações do código de vestimentas, eles eram completamente engenhosos quando o assunto era personalizar seus espaços. Luce já havia caminhado por uma porta moldurada por uma cortina de contas, e uma outra com um tapete de detecção de movimento que a encorajava a "dar o fora dali" quando ela passou por ele.
Ela parou na única porta em branco do prédio. Quarto 63. Lar, amargo lar. Ela tateou em seu bolso a procura de suas chaves no bolso da sua mochila, respirou profundamente e abriu a porta da sua cela.
Exceto que não era terrível. Ou talvez não fosse tão terrível como ela imaginava. Havia uma janela de um tamanho decente que se abria para deixar entrar um ar noturno menos sufocante. E além das barras de metal, a vista da porção da luz da lua era na verdade algo interessante, se ela não pensasse muito sobre o cemitério que ficava embaixo dela. Ela tinha um closet e uma pequena pia, uma mesa para fazer seus trabalhos – pensando nisso, a coisa mais triste no quarto foi o vislumbre que Luce capturou de si mesma no espelho de corpo inteiro atrás da porta.
Ela rapidamente desviou a visão, sabendo bem demais o que ela ia encontrar em seu reflexo. Seu rosto parecendo apertado e sonolento. Seus olhos castanhos salpicados com estresse. Seu cabelo como o pelo do poodle toy histérico da sua família após uma tempestade. O suéter de Penn caía nela como um saco de pano. Ela estava tremendo. Suas aulas da tarde não haviam sido melhores do que as da manhã, devido principalmente ao fato de seu maior medo ter se tornado realidade: Toda a escola já havia começado a chamá-la de Bolo de Carne. E infelizmente, muito como seu homônimo, o apelido parecia que ia grudar.
Ela queria desfazer as malas, transformar o genérico quarto 63 em seu próprio lugar, para onde ela podia ir quando precisava fugir e se sentir bem. Mas ela somente conseguiu abrir o zíper da sua mochila antes de entrar em colapso na cama descoberta, derrotada. Ela se sentia tão longe de casa. Só levava vinte e dois minutos de carro para sair das dobradiças soltas da porta traseira caiada da sua casa para os portões de ferro forjado enferrujado da Sword & Cross, mas poderia muito bem levar vinte e dois anos.
Pela primeira metade da silenciosa viagem com seus pais essa manhã, a vizinhança parecera praticamente a mesma: subúrbio sulista de classe média adormecido. Mas então a rua foi sobre a marginal em direção à praia, e o terreno ficou mais e mais alagadiço. Um aumento de árvores de mangue marcava a entrada na terra úmida, mas logo até essas diminuíram. Os últimos dezesseis quilômetros até a Sword & Cross foram sombrios. Castanho acinzentado, inexpressivo, abandonado.
Lá em casa, em Thunderbolt, as pessoas da cidade sempre brincavam sobre o estranho, memorável e embolorado fedor por aqui: Você sabia que estava nos pântanos quando o seu carro começava a feder a lama.
Mesmo Luce tendo crescido em Thunderbolt, ela não estava familiarizada com a parte mais oriental do condado. Quando criança, simplesmente presumira que era por nunca ter razão para vir aqui – todas as escolas, lojas, e todos que sua família conhecia estavam do lado oeste. O lado leste era simplesmente menos desenvolvido. Só isso.
Ela sentia falta dos seus pais, que grudaram um bilhete na primeira camisa da mala –Nós te amamos! Os Price nunca quebram. Ela sentia saudade do seu quarto, que tinha vista para a plantação de tomates do seu pai. Sentia saudade de Callie, que devia ter certamente mandando umas dez mensagens que nunca serão vistas. Sentia saudades de Trevor...
Ou, bem, não era exatamente isso. O que ela tinha saudades era do modo como a vida era quando ela começou a falar com Trevor pela primeira vez. Quando tinha alguém em quem pensar se não conseguia dormir à noite, o nome de alguém para rabiscar como uma boboca dentro dos cadernos. A verdade era que Luce e Trevor nunca realmente tiveram a chance de se conhecer bem. A única lembrança que ela tinha era uma foto tirada pela Callie secretamente, do outro lado do campo de futebol, entre dois dos seus conjuntos de pesos, quando ele e Luce conversaram por quinze segundos sobre... seus conjuntos de pesos. E o único encontro que ela realmente teve como ele não foi exatamente um encontro real – só uma hora roubada quando ele a afastou do resto da festa. Uma hora que ela se arrependeria pelo resto de sua vida.
Havia começado inocente o suficiente, somente duas pessoas caminhando pelo lago, mas não demorou muito antes de Luce começar a sentir as sombras sobre a sua cabeça. Então os lábios de Trevor tocaram os seus, e o calor caiu sobre seu corpo, os olhos dele ficaram brancos de terror... e segundos depois a vida como ela conhecia fora embora em uma labareda.
Luce virou-se e enterrou seu rosto na curva do seu braço. Ela passou meses em luto pela morte de Trevor, e agora, deitada nesse quarto estranho, com as barras de metal cavando em sua pele através do fino colchão, ela sentiu a egoísta futilidade disso tudo. Ela não conhecia Trevor mais do que ela conhecia... bem, Cam.
Uma batida em sua porta fez Luce pular da cama. Como alguém poderia saber como encontrá-la aqui? Ela andou nas pontas dos pés até a porta e a puxou até abrir. Então colocou a sua cabeça no vazio corredor. Ela não havia nem ao menos ouvido passos ali fora, e não havia sinal de alguém ter acabado de bater.
Exceto pelo avião de papel preso com um alfinete com uma tacha de latão no centro do quadro ao lado de sua porta. Luce sorriu ao ver seu nome escrito em caneta preto ao longo da asa, mas quando ela desdobrou o bilhete, tudo que estava escrito dento era uma seta negra apontando diretamente para o corredor.
Ariane havia convidado-a para essa noite, mas isso havia sido antes do incidente com Molly na cafeteria. Olhando para o corredor vazio, Luce questionou-se sobre seguir a seta enigmática.
Então ela olhou sobre o seu ombro para a sua gigante bolsa de pano duro, sua festa de autopiedade a aguardando para ser desfeita. Ela deu de ombros, fechou a porta, colocou a chave do seu quarto em seu bolso e começou a caminhar.
Parou em frente a uma porta do outro lado do corredor para checar um pôster gigante de Sonny Terry, um músico cego que ela sabia, pela coleção arranhada de vinis de seu pai, que era um incrível tocador de gaita de blues. Ela se inclinou para frente para ler o nome no quadro e percebeu com surpresa que estava em frente a porta do quarto de Roland Sparks. Imediatamente, irritantemente, havia uma pequena parte do seu cérebro que começou a calcular as chances de que Roland podia estar passando o tempo com Justin, com apenas uma fina porta os separando de Luce.
Um zumbido mecânico fez Luce pular. Ela olhou diretamente para uma câmera de vigilância pregada acima da porta de Roland. Os vermelhos. Dando zoom em cada um dos seus movimentos. Ela se encolheu, embaraçada por razões que nenhuma câmera seria capaz de discernir. De todo modo, ela tinha vindo aqui para ver Ariane – cujo quarto, ela percebeu, pelo jeito era do outro lado do corredor, em frente ao quarto de Roland.
Em frente ao quarto da Ariane, Luce sentiu uma pequena pontada de doçura. Toda a porta estava lotada por adesivos – uns impressos, outros obviamente caseiros. Havia tantos que eles se sobrepunham, cada slogan cobrindo uma parte e geralmente contradizendo o que o de cima dizia.
Luce riu baixinho imaginando Ariane coletando adesivos indiscriminadamente (PESSOAS MÁS SÃO DEMAIS... MINHA FILHA É UMA ESTUDANTE NOTA ZERO NA SWORD & CROSS... VOTE NÃO NA PROPOSIÇÃO 666) e então colando-os com um foco casual – mas compromissado – em seu território.
Luce podia ter ficado entretida por uma hora lendo a porta de Ariane, mas logo se sentiu consciente de que estava em frente a um quarto de dormitório que ela estava somente meia certa de que havia sido convidada. Então ela viu um segundo avião de papel. Ela tirou-o do quadro e desdobrou a mensagem:

Minha querida Luce,
Se você realmente apareceu para sairmos hoje à noite, parabéns! Nós vamos nos dar tããão bem!
Se você me deu um bolo, então... tire as suas garras da minha carta privada, ROLAND! Quantas vezes eu tenho que te dizer isso? Jesus.
De qualquer modo: eu sei que disse pra você passar aqui essa noite, mas eu tive que correr da estação de descanso e recuperação na enfermaria (a cereja em cima do bolo do meu tratamento de arma de choque hoje) para fazer uma revisão de biologia com a Albatroz. Ou seja, fica pra próxima?
Sua psicoticamente, A.

Luce ficou com a carta nas mãos, incerta sobre o que fazer a seguir. Ela estava aliviada por Ariane estar sendo cuidada, mas ela ainda desejava poder ver a garota pessoalmente. Queria ouvir a indiferença na voz dela, então ela saberia como sentir-se sobre o que houve na lanchonete. Mas estando ali no corredor, Luce estava cada vez mais incerta sobre como processar os eventos do dia. Um pequeno pânico a invadiu quando ela percebeu que estava sozinha, depois da escuridão, na Sword & Cross.
Atrás dela, uma porta abriu-se. Uma fatia de luz apareceu no chão abaixo do seu pé. Luce ouviu música sendo tocada dentro do quarto.
— O que você tá fazendo?
Era Roland, parado no vão da sua porta com uma camisa branca e jeans rasgados. Seus cabelos estavam desarrumados e ele segurava uma gaita nos lábios.
— Eu vim ver Ariane — Luce respondeu, tentando controlar-se para olhar através dele se havia alguém mais no quarto. — Nós íamos...
— Ninguém está em casa — ele respondeu obscuramente.
Luce não sabia se ele queria dizer Ariane, ou todas os outros no dormitório, ou o que. Ele assoprou algumas notas na gaita, mantendo seus olhos nela o tempo todo. Então ele abriu a porta um pouquinho mais e ergueu suas sobrancelhas. Ela não conseguia afirmar se ele estava ou não convidando-a para entrar.
— Bem, eu só estava passando a caminho da biblioteca — ela mentiu rapidamente, virando-se para o caminho de onde ela havia vindo. — Há um livro que eu preciso emprestar.
— Luce — Roland chamou.
Ela se virou. Eles não haviam se conhecido ainda oficialmente, e ela não esperava que ele soubesse o seu nome. Seus olhos relampejaram um sorriso para ela e ele usou a gaita para indicar a direção oposta.
— A biblioteca é para lá. — Ele cruzou os braços sobre o tórax. — Tenha certeza de checar as coleções especiais da parte leste. Elas são realmente boas.
— Obrigada — a menina respondeu, sentindo-se realmente grata enquanto mudava de direção.
Roland parecia tão real ali, acenando e tocando algumas notas na sua gaita enquanto ela saía. Talvez ele só tenha feito-a sentir-se nervosa mais cedo por ter pensado nele como amigo do Justin. Pelo que ela sabia, Roland podia ser uma boa pessoa. Seu humor se elevou enquanto ela caminhava pelo corredor. Primeiro a carta de Ariane havia sido impertinente e sarcástica, depois ela teve um encontro não-estranho com Roland Sparks; além do mais, ela realmente queria dar uma olhada na biblioteca. As coisas estavam ficando boas.

Continua...


Aaai gente, mil desculpas maiis a net lá de casa tá um cú e não quer prestar então eu tive que vir pra casa da Karina. Mil desculpas mesmo. Acho que o blog vai ficar meio parado até a minha net arrumar. Mas enfim, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH A DANY COMENTOU! TIPO CARA, SCR! QUANDO EU E A KARINA VIMOS, QUASE TIVEMOS UM HEART ATTACK. PQP! AWN LINDA VLW POR COMENTAR. NÓS JÁ TE AMAMOS U.U' E A PROPÓSITO, COMENTEM OK? ELA JÁ DEU O PRIMEIRO COMENTÁRIO, ENTÃO ESPERAMOS QE VOCÊS CRIEM ATITUDE E COMENTEM TAMBÉM! KKK, U.U SOMOS DOIDAS MAIIS FELIZES. MAIS UMA VEZ OBRIGADA PELO SEU COMENTÁRIO DANY! BEIJINHOS E ATÉ O PRÓXIMO CHAPTER. Comentem!

3 comentários:

Unknown on 15 de outubro de 2013 às 19:23 disse...

Gostei muito!
Gostaria de se afiliar?
http://blogdaviith.blogspot.com.br/

Math Willie on 16 de outubro de 2013 às 07:34 disse...

claro que faço,so entrar nesse blog
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Math Willie on 16 de outubro de 2013 às 07:39 disse...

E seguir esse blog
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